quinta-feira, novembro 8

No cemitério dos animais

[ Para comemorar as 3000 visitas, a Carol Lasneaux, jornalista de Cultura também daqui do Correio fez a gentileza de escrever esta historinha para vocês ]

Cá estou, feliz e contente, trabalhando no feriado de Finados. A chuva devastadora (que derrubou a parede de um apartamento no meu bloco) ainda não tinha começado.

Antes de conferir como estava a situação no cemitério de Taguá, passei no lugar onde as pessoas enterram seus cachorrinhos e gatinhos de estimação. Impressionante! Nunca tive bichinhos em casa, mas imagino que deve rolar um vazio quando eles morrem.

Mas, sinceramente, manifestações exageradas de carinho aos bichanos me assustam! Lá no cemitério animal vi túmulos chiquérrimos, com granito e tudo. Muitos enfeitados com flores artificiais, o que significava que, mesmo sendo 10h de um feriado, muita gente já tinha passado por lá. Tinha até um ossinho dentro de um pote de maionese (!) deixado delicadamente sobre os restos mortais de um au-au.

Lá pelas tantas, encontro uma senhorinha com a neta, empenhadíssimas em deixar o lugar onde jaz Mimo, gatinho que morou com a família por 17 anos, nos trinques para o feriado. Conversa vai, conversa vem, surge a pergunta:

"Depois que Mimo morreu, vocês se interessaram em cuidar de outro bicho?".

Na hora percebi uma risadinha da neta. Imaginei que a resposta não seria muito normal.
"Sim, sim. Temos 15 gatos em casa".
Tá, tudo bem, gato pode até ser fofinho, mas criar 15 em casa?????????

O comentário saiu da minha boca instantaneamente:
"Ah, então vocês devem morar numa casa bem grande, né. Para acomodar a bicharada toda!".

Nesses momentos, não consigo entender a razão de não ter ficado com a boca fechada:
"Não, que nada. Moramos num apartamento mesmo. São poucos quartos, não é grande, mas cabe todo mundo junto!"

Ui!

Na foto, eu com cara de desolada segurando o equipamento do Iano Andrade, enquanto ele fingia que tirava foto do túmulo de algum bichinho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olha Carol, realemente tem perguntas que pensamos e ao invés de ficarmos calados, acaba saindo uma gafe, um dia desses encontrei uma amiga que não tinha contato já fazem dois anos, perguntei: " tá pra nascer quando ? " afinal ela era magrinha e tava bem "fofinha". Ela me responde: " Breide já está com um ano que o Lucas nasceu! . Nesse momento queria um buraco pra enfiar a cara. Pergunte pra Fernanda os foras que dois, se um dia arrumar alguém pra montar um livro, será TOP 10. Adorei a postagem Mocinha Fê.