sexta-feira, abril 27

Deu no NYT


Primavera, final de dia, no Central Park de NY
Agora minhas corridas no Parque da Cidade de Brasília ficaram no chinelo...


quarta-feira, abril 25

O que ela não disse...

[Ela sai do trabalho, com a meia-luz do por-do-sol escapando pelas janelas do hall dos elevadores. Aperta o botão e se prepara para esperar, enquanto fala ao telefone.]

-- Olha, então vou esperar você me ligar. Vou buscar as crianças e te espero, pode ser?
-- Tudo bem, Gustavo, pode ser.

[A voz dela estava pesada. Ele sabia o porquê, mas não queria de novo entrar neste assunto chato. Por isso, ia buscar as crianças, nunca dava tempo, hoje ele ia no lugar dela. Às vezes ele fazia isto, se antecipava para deixá-la chegar em casa antes dele, para encontrá-la sentadinha, lendo. Ele gostava tanto da cena, mas sabia que se contasse a ela, perderia a graça.]

-- Eu acho que chego logo aí. Posso ir, não quer?
-- Não, hoje eu vou, aproveita e chega com a casa ainda em silêncio.

[Chega o elevador que vai à garagem. Mais quatro executivos engravatados o esperavam agora. E os quatro esperaram mais uns segundinhos, para que ela entrasse primeiro. Ela olhou rápido, concentrada no que falava o marido. Mas, mesmo no relance, ela reparou quem era um dos que entravam no elevador... Um arrepio na espinha.]

-- Gustavo, eu amo você.
-- (...)

[Pela primeira vez não teve receio de dizer, tão fora do contexto, tão ressoante e com tanta certeza do que de todas as vezes, em mais de seis anos de relacionamento. Agora, pensou, queimei as naves. Espero que ele não me chame mais para almoçar.]

Quemar las naves

Já ouviu esta expressão? É uma locução popular espanhola.
O significado é mais ou menos este: ‘tomar una resolución extrema con la imposibilidad de volver atrás, aunque esto suponga una pérdida o un sacrificio grande’.

Claro que tem uma (ou mais!) historinha histórica por trás do dicho:
O conquistador insaciável Hernán Cortés (1485–1547), para evitar que suas tropas o desertassem em seu empreendimento no México em 1518, botou fogo nas onze embarcações que trouxe consigo da Espanha.

Também me contaram que, um pouquinho antes disso, em +ou- 335 AC, ao chegar na costa de Fenícia, Alexandre Magno desembarcou suas tropas e percebeu que iria enfrentar uma de suas maiores batalhas. Seus homens já estavam atemorizados. Então, a idéia que lhe passou pela cabeça foi esta: queimem os barcos. Enquanto se consumiam em chamas, disse aos companheiros: "Observem como queimam. Esta é a única razão pela qual devemos vencer: Vamos voltar a nossa terra com os barcos dos nossos inimigos". E, claro, a fama é que venceram.

sexta-feira, abril 20

60º Post - 1200 visitas


OBRIGADA !

... e para agradecer de verdade, minha receita famosa:

Os maravilhosos -- e ordinários (do dia-a-dia) -- cookies de chocolate de Fernanda

Ingredientes

2 1/2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
1 colher de sopa rasa de bicarbonato de sal
3/4 xícara de açúcar mascavo
3/4 xícara de açúcar de confeiteiro (não mudar este ingrediente)
1 ovo
1 colher sopa rasa de essência de baunilha
1 xícara de manteiga (quase 1 tablete de 200g sem sal)
2 xícaras de chocolate em cubos ou gotinhas de chocolate(no Makro, vc as encontra)
1 xícara de castanha de caju picada (opcional)

Preparo
AH! Antes de tudo ligue o forno, temperatura média (190°C)

1. Misture os ingredientes secos numa vasilha: farinha, bicarbonato, sal. Reserve.
2. AMOLEÇA (não deixar derreter) a manteiga no microondas (uns 15 seg na pot máx devem bastar).
3. Misture a manteiga com os ovos e os açúcares na batedeira (velocidade lenta, batendo apenas o suficiente para ligar).
4. Acrescente a essência de baunilha e vá acrescentando aos poucos a mistura seca do n° 1.
5. Depois jogue com alegria! os pedaços de chocolate (podem ser de barras de chocolate ao leite ou meio amargo, à sua escolha).
6. Use duas colheres para fazer as bolinhas de cookies e as coloque meio longe umas das outras em tabuleiro untado.
7. O forno precisa ser pré-aquecido. E os cookies ficam lá dentro apenas 8 minutos. No máximo 10 min. Não dá para desgrudar da frente do forno, eles assam rápido. Aqui está outro segredo, você tira os cookies do forno ainda com uma cara meio crua -- eles vão parecer meio branquinhos, mas tenha fé, é assim mesmo, eles terminam de cozinhar fora do forno. Se eles ficam tempo demais lá dentro ficam DUROS no dia seguinte...
8. Deixe os cookies esfriarem para guardá-los num potinho desses de metal, que são bem vedados... Ou coma-os todos quentinhos mesmo: huuummm é o melhor !!!

quarta-feira, abril 18

mais tiros


Quando é que vamos deixar de nos acostumar com a violência?

Portugueses sabem contar!

Estavam os quatro CEOs passeando em Portugal pela primeira vez, deliciando a boa comida, este recanto confortável da Europa que não te faz passar por apuros em inglês nem na inconveniência de ser mal-tratado por não falar bem o francês.

Que maravilha é entender as placas! (ou não).

De qualquer forma, no bar, os quatro rapazes (nenhuma rapariga os acompanhara na viagem de negócios) ficaram contentes: chopp, eita palavra boa de entender!

Voltaram-se ao garçom, comandante, tio, brother, camarada, chefia, amigão, ôhl !

R1: Rapaz, me traz mais um?
R2: Dois!
R3: Três!
R4: Quatro!

Passam-se bons quinze minutos e eles nem desconfiaram quando o mesmo camarada chega ao lado com uma bandeja enorme, com 10 tulipas de chopp muito bem equilibradas.

-- Moço, para que tanto? Pedimos quatro.
-- Não, não, foi este rapaz (aponta para o R4) que pediu quatro. O senhor me pediu dois.

[Esta é verídica, viu? Sim, parece que virou piada eterna, depois.]

segunda-feira, abril 16

Sapo virtual

Meninas urbanas quando inventam de passar uns dias em chácara da amiga tal, é aquela coisa: bate-papo até sei lá que horas, de pijamas e certamente uns gritinhos pela, digamos assim, interação mais próxima com a natureza.

Tem gente que trava com insetos, bichos com asas, então, imagina! Não adianta mentalizar que são inofensivos ou milimetricamente menores. Na hora mesmo, nada disso funciona.

Baratas, claro, vencem qualquer bicho. As que matam com os pés são verdadeiras heroínas.

De volta ao contexto da historinha de hoje, estavam as amigas-inseparáveis a conversar, com medo das pererecas e baratas daquela chácara não-habitada. Já haviam chinelado duas. E uma escapoliu. (Odeio quando a barata some ainda é uma das minhas comunidades favoritas do Orkut.)

Uma das moças ainda tremia. Sério. Não tente entender essas travas, elas simplesmente acontecem. Outra conversava olhando para o teto e as paredes.

Quando veio o barulho: Crhoach! Crhoach!

Silêncio da beira do pânico se instalou.

Vocês ouviram?

E não parava: Crhoach! Crhoach!

Abre essa mochila! Abre agora! Tem um sapo, tá aí dentroOooOO!

EU NÃO VOU ABRIR, ELE VAI SAIR PULANDO EM CIMA DE MIM!!!

CRHOACH!-CRHOACH! CRHOACH!-CRHOACH!

ANDA, ABRE!!

Abre, vai, acaba logo com isso (a voz antecipava o desespero, agora).

Calma, gente, deixa que eu abro de longe (sempre tem a corajosa, UFA!).

Ziiiiiiiip!
E o CRHOACH!-CRHOACH! tinha acabado.

Ela cai na gargalhada.

O QUE FOI?

Gente, foi apenas uma chamada não atendida.

quinta-feira, abril 12

Meninas do Brasil





Quem disse que criança carente é criança triste?
Quem disse que morar nas satélites é ser pobre?

Trava-línguas in English

Não sou tão tupiniquim assim para defender o uso de leiaute no lugar da palavra layout. Nem consigo usar correio eletrônico (é tão grande e ainda tem acento); vou de email (assim tudo junto como se escreve em inglês) mesmo. E olha Acho charmoso na Espanha chamarem o mouse de ratón. Mas confesso que esses estrangeirismos, às vezes, me incomodam.

Ainda assim, as palavras estão no ar, na rede, na boca do povo (até demais).

Veja só no que deu:

Situação 1 (ao telefone)
-- Sim senhor, como posso ajudá-lo.
-- É que a minha máquina não tá querendo fazer o dolôde.
-- Como assim dolôde, senhor?, pergunta a voz treinada, com ar de dúvida educada.
-- A senhora não sabe o que é dolôde?!, responde incrédulo o velhinho do outro lado.
(silêncio breve, desconfortável)
-- O senhor poderia me explicar o que quer fazer?
-- É que eu tenho que abrir um negócio aqui e quando clico no dolôde, a máquina num faz.
-- Ah! Download!
-- Isso, isso, dolôde! Viu como você sabia o que era?

Situação 2 (no atendimento bancário)
-- Moça, eu queria fazê esse tipo de depósito aqui..
(passa um papelzinho amassado, com letra de forma meio tremida que diz: UEISTEREMUNIOM)
-- Ah, tudo bem, a senhora quer fazer uma transação via Western Union?
-- Isso que diz ai? É isso mesmo.
-- Olha, vou escrever aqui a forma correta para a senhora não ter problemas no futuro, pode ser?
-- Tudo bem, moça.

Outro cliente chega decidido, pede com tom alto:
-- É.. eu quero fazer um Wesley Junior.
-- Ãhn?
-- Aquele nome... um depósito aí, Wesley Junior (fala mais rápido, agora suspeitando do erro).
-- Não seria Western Union?
-- ISSO!, fala olhando para os lados.

Lendas Universitárias

As mais conhecidas são, certamente, as dos "professores-carrasco".
Ouvi esta recentemente do meu irmão.

"Peguei Toninho Malvadeza em Mec3 (leia-se McTrês, como no McDonald's, e entenda-se Mecânica 3, disciplina obrigatória para Engenharia Mecânica).

Já era.


Conta a lenda que Toninho Malvadeza, distraído como sempre, se perdeu na correção das provas que acabou corrigindo o seu próprio gabarito.

O pior é que ele deu nota 7.

Pense".