segunda-feira, abril 16

Sapo virtual

Meninas urbanas quando inventam de passar uns dias em chácara da amiga tal, é aquela coisa: bate-papo até sei lá que horas, de pijamas e certamente uns gritinhos pela, digamos assim, interação mais próxima com a natureza.

Tem gente que trava com insetos, bichos com asas, então, imagina! Não adianta mentalizar que são inofensivos ou milimetricamente menores. Na hora mesmo, nada disso funciona.

Baratas, claro, vencem qualquer bicho. As que matam com os pés são verdadeiras heroínas.

De volta ao contexto da historinha de hoje, estavam as amigas-inseparáveis a conversar, com medo das pererecas e baratas daquela chácara não-habitada. Já haviam chinelado duas. E uma escapoliu. (Odeio quando a barata some ainda é uma das minhas comunidades favoritas do Orkut.)

Uma das moças ainda tremia. Sério. Não tente entender essas travas, elas simplesmente acontecem. Outra conversava olhando para o teto e as paredes.

Quando veio o barulho: Crhoach! Crhoach!

Silêncio da beira do pânico se instalou.

Vocês ouviram?

E não parava: Crhoach! Crhoach!

Abre essa mochila! Abre agora! Tem um sapo, tá aí dentroOooOO!

EU NÃO VOU ABRIR, ELE VAI SAIR PULANDO EM CIMA DE MIM!!!

CRHOACH!-CRHOACH! CRHOACH!-CRHOACH!

ANDA, ABRE!!

Abre, vai, acaba logo com isso (a voz antecipava o desespero, agora).

Calma, gente, deixa que eu abro de longe (sempre tem a corajosa, UFA!).

Ziiiiiiiip!
E o CRHOACH!-CRHOACH! tinha acabado.

Ela cai na gargalhada.

O QUE FOI?

Gente, foi apenas uma chamada não atendida.

Um comentário:

Tina Di Mauro disse...

Very interesting blog. Kiss kiss