sexta-feira, junho 4

Sobre lentilhas, abóboras e amigas

Primeira vez na casa dela. Uma amiga em comum a colocou ao lado da vizinha de quadra. Ali estava, depois de um domingo de angústia. Na entrada, vê livros em comum na estante. Depois, chás da marca preferida. E na parede, fotos da época em que a desconhecida dançava ballet.

Em menos de 30 segundos, vários campos em comum. Sem falar na mesma profissão. Sorriu de canto. Se tem uma coisa que ela aprendeu era bater e ver uma boa amizade a se formar.

A nova amiga estava na cozinha. Cortava uma abóbora japonesa com esforço. E o vinho, em cima da mesa, estava aberto e pronto a ser servido. Ia ser uma conversa interessante.

[E o foi. O papo, queridos 8 leitores, vai ficar em off, desta vez. Quero hoje contar da abóbora.]

Depois de cortar, levou ao fogo, avisando às visitantes: vou fazer uma sopa de abóbora com lentilhas. Topam?

Chegou, depois de um tempo, a hora de experimentar. Após os pratos esvaziarem, a surpresa para a mestre-cuca veio.

Uma comenta: eu não gosto de abóbora.

E ela: sempre deixo lentilha de lado.

Mas, naquela noite, depois da carinhosa recepção, não tinha nem porque não tentar. E sorriram todas com a descoberta. Amizade não tem receita.

2 comentários:

Isabel disse...

Posso usar para uma aula de crônica que vou dar semana que vem>
(estou sem ponto e interrogação, então uso >)
bjo

Fe Velloso disse...

Claro, Isabel, fique à vontade. Bjs.