quinta-feira, março 8

a escritora- parte I

Então, ela abriu o caderno e pôs-se a escrever.
Mesmo que já não pudesse mais lhe contar, ela precisava daquilo.
Na mesa, as pontas do cigarro que caíam do cinzeiro, seus anéis e pulseiras se misturavam com os papéis e sua máquina de escrever.
Ela gostava daquele barulho.

Parecia-lhe que toda a sua turbulência saia-lhe da cabeça naquele tectectec.

As horas passaram lentamente.
Outra vez, pensou, outra vez.

E as palavras lhe faziam greve. Outra vez.

Nenhum comentário: